Dia da Cachaça: 10 curiosidades sobre o destilado 100% brasileiro

Surgida no século XVI, a cachaça é uma bebida versátil, oriunda da cana-de-açúcar e de origem popular, que conquistou o Brasil e o mundo. Desde 2009, o dia 13 de setembro é reconhecido como o Dia Nacional da Cachaça, como forma de lembrar a importância do produto que tem a cara do Brasil e está enraizada na nossa cultura. A bebida destilada carrega curiosidades e histórias que se misturam com a do país. Pensando nisso, listamos alguns destes fatos e dicas de quiosques para celebrar a data. 

 
Um passado incerto 

Com cerca de 500 anos de história, a origem exata da cachaça, assim como de muitas bebidas e pratos, é controversa. Acredita-se que a cachaça surgiu nas primeiras décadas dos anos 1500. A princípio era adaptação da cana-de-açúcar, abundante no Brasil, no preparo da bagaceira, tradicional bebida portuguesa feita a partir dos bagaços de uva destilados.

Entraves para a fabricação e consumo
A cachaça ganhou espaço no Brasil colonial e durante um período serviu como moeda de troca, sendo utilizada nos negócios escravagistas e compras de bens de consumo da época. 

Em 1635, a corte portuguesa resolve proibir a cachaça, por  medo de que a bebida causasse uma revolta entre os escravos e que o consumo interferisse na exploração de ouro no Brasil. Além disso, a bagaceira passava por uma grande desvalorização e, com a proibição da cachaça, a corte esperava impulsionar a bebida portuguesa. 

A proibição não surtiu efeito e a Corte liberou a produção e consumo da bebida, mediante ao pagamento de uma taxa, que se tornou uma das principais fontes de impostos para o Império Português. De acordo com a história, o tributo foi usado inclusive para a reconstrução de Lisboa, arrasada por um terremoto em 1755.

Revolta da Cachaça
A data de 13 de setembro foi escolhida em homenagem ao dia em que a cachaça foi oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, no ano de 1661. A legalização só foi possível depois de uma revolta popular, ocorrida no Rio de Janeiro, contra as diversas imposições e tributos criados pela Coroa Portuguesa, que ficou conhecida como “Revolta da Cachaça”.  A criação do Dia Nacional da Cachaça, em 2009, é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac). 

É “Cachaça” ou “Pinga”?
Alguns historiadores acreditam que o nome da bebida teria surgido do espanhol “cachaza”, usado para um tipo de vinho consumido em regiões da Espanha e de Portugal. Uma outra teoria defende que o nome é a versão feminina de “cachaço”, como os porcos selvagens eram chamados na época. De acordo com essa teoria, o líquido era usado para amolecer a carne do animal antes de seu cozimento e consumo. Devido ao seu antigo processo de destilação, onde pingava do alambique, a cachaça também ganhou o apelido popular de “pinga”. 

Um orgulho nacional
Bastante ligada ao consumo pelos escravos e pelas classes menos abastadas desde o início da sua história, a cachaça também foi alvo de desvalorização. Durante muitos anos era vista com preconceitos e como uma bebida de qualidade inferior, sem valor na mixologia. Com o passar dos anos essa visão mudou e as cachaças, sobretudo as artesanais, passaram a ser valorizadas em território nacional e internacional. Com o selo de qualidade e ótimos produtores nacionais, o destilado se tornou um patrimônio essencial da formação cultural e social brasileira. 

Produção
A cachaça pode ser fabricada em dois tipos de processos: industrial e artesanal. A produção industrial ocorre em grande escala, em colunas de aço inox com bateladas contínuas. Já a produção artesanal, conhecida popularmente como “cachaça de alambique”, é realizada em escala menor, em alambique de cobre e de forma descontínua. O estado de Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país, responsável por 50% da produção nacional. 

Exportação a todo vapor
Atualmente, a cachaça é uma das bebidas mais apreciadas do mundo, sendo equiparada a outros destilados como conhaque, whisky, vodka e similares. O Brasil produz cerca de 1,2 bilhões de litros de cachaça por ano e exporta para mais de 60 países do globo. A Alemanha é o principal consumidor externo, respondendo por cerca de 30% das exportações de cachaça.

A verdadeira cachaça é brasileira
Embora exista uma tendência em valorizar mais o que vem de fora, a cachaça legítima é a produzida no Brasil. Há um acordo internacional que protege a autenticidade e a pureza da bebida brasileira. Os destilados produzidos a partir da cana-de-açúcar em outros países são considerados aguardente. Por lei, para ser chamada de cachaça, o destilado não pode passar de 48% de álcool e nem conter outro elemento além da cana-de-açúcar. 

Infinitos apelidos
Com mais de 2000 sinônimos, a cachaça é apontada por linguistas e estudiosos como uma das palavras com mais sinônimos na língua portuguesa. Entre os apelidos da bebida, há alguns bastante curiosos, como “mata-bicho”, “branquinha”, “parati”, “bicha”, “água que passarinho não bebe”, “marvada”, “veneno”.

O drink mais famoso do mundo
A popularização da cachaça originou outras bebidas, mas, sem dúvidas a caipirinha é a principal delas. O drink original feito com cachaça, limão e açúcar já faz parte da cultura do Brasil, sendo uma verdadeira paixão entre nativos e turistas. 

Após esse mergulho na história da bebida queridinha do Brasil, nada melhor que celebrar o dia tomando uma, ou umas, né? Na praia você encontra as legítimas cachaças mineiras, no quiosque Xodozin, diversos drinks elaborados com 51 nos quiosques Manta Beach Club, Bar & Co, Qui Qui, Buenos Aires e no Nativoo, além de caipirinhas de todos os sabores na maioria dos quiosques, do Leme ao Pontal. Então, não tem desculpa, escolha seu quiosque favorito e vem curtir o dia da cachaça na orla! 

Fontes: Bartender Store; O Tempo. 

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