Orla na História: Forte de Copacabana

A orla do Rio de Janeiro vai muito além do mar e do banho de sol, do Leme ao Pontal, acontecimentos marcantes tiveram a praia como cenário. Construções, praças e outros locais nas Zonas Sul e Oeste abrigam histórias pouco contadas do desenvolvimento da cidade e da praia como a conhecemos atualmente. Pensando em explorar mais esse lado histórico e cultural do nosso lugar favorito, daremos início a uma nova série: Orla na História. Periodicamente traremos informações, curiosidades e memórias de lugares, costumes, crenças e acontecimentos que estão até hoje no imaginário da orla, e, no caso das construções, nos cartões postais. 

O primeiro ponto da nosso percurso histórico é o Forte Copacabana. Construído em 1914, no lugar da igreja Nossa Senhora de Copacabana, que deu nome ao bairro, o local ocupa uma área de 114 mil metros quadrados e foi erguido para reforçar as defesas da Baía de Guanabara. A construção do forte em forma de abrigo subterrâneo foi um desafio à engenharia militar da época.

As paredes externas voltadas para o mar foram feitas com 12 metros de espessura e ainda abrigam os canhões alemães, que faziam parte da artilharia do forte na época. O local foi palco de acontecimentos históricos como a rebelião liderada por 17 militares e um civil que reivindicavam o fim das oligarquias, que ficou conhecida como “Revolta dos 18 do Forte”. O Forte e as orlas de Copacabana e Arpoador são tombadas pelo Inepac desde 1990.

Atualmente, o local abriga o Museu Histórico do Exército, aberto à visitação pública de terça à domingo e feriados. Além disso, o Forte é um importante ponto de interesse turístico de onde se tem incríveis paisagens da cidade de Niterói, do mar de Copacabana, com o Pão de Açúcar ao fundo, das encostas do Arpoador e Praia do Diabo. Além do Museu, o local recebe exposições, programações culturais e abriga dois cafés que são parada quase obrigatória de quem visita o Forte. A tradicional Confeitaria Colombo e o Café 18 do Forte, ficam lado a lado, e disponibilizam mesas na margem da mureta, com vista para o mar. 

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