Projeto dá aulas de surf para crianças carentes no Recreio dos Bandeirantes

No último dia 14 de outubro, a Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, recebeu cerca de 40 crianças e adolescentes para uma aula de surf super especial. O Projeto Surfe do Bem é uma parceria entre o Hostel Longboard Paradise e o Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento do Surfe (Cades). A ação leva aulas de skate e surfe (nesta modalidade com aulas adaptadas para deficientes) para jovens entre 7 e 15 anos, moradores de comunidades carentes da região, como a favela do Terreirão, Chico Mendes, Vila Amizade e Canal das Tachas. Trata-se de uma iniciativa social para promover redução da desigualdade através do esporte.

Inicialmente, o projeto acontecerá durante os meses de outubro, novembro e dezembro, com aulas todas as segundas e quartas. Os alunos recebem acompanhamento médico e psicológico durante todo o período de atividade do projeto além de lanches e os equipamentos necessários para a prática do esporte.

Todos passam por avaliações físicas e clínicas no início e no fim do projeto para acompanhar o desenvolvimento obtido com as atividades realizadas. Os instrutores ainda identificam os jovens que apresentam potencial para se profissionalizar na modalidade.

“É uma luz para a garotada, que estava sem aula, em casa, no meio da pandemia sem perspectiva. Uma forma de tirar eles da realidade em que vivem e mostrar um outro universo, com possibilidades por meio do esporte”, explica Jamil João Jr., viabilizador do projeto junto com a equipe do Longboard Paralise.

O principal objetivo do Surfe do Bem é educar através do esporte, oferecendo aulas e treinos de surfe em um contexto sócio educativo, visando tirar crianças e adolescentes de situações de risco social e promover nos mesmos a conscientização corporal, ecológica e cidadã. Em edições anteriores, o projeto proporcionou inclusão social, cidadania e desenvolvimento a centenas de jovens da região.

Alguns talentos do surfe brasileiro como os atletas Cauã Costa e Diego Brigido foram revelados pelo projeto que também influenciou na formação de novos instrutores, movidos pelo desejo de ajudar outras crianças.

Apesar disso, Jamil afirma que a intenção do projeto não é formar profissionais, mas ocupar a mente das crianças com coisas boas para que lá na frente elas possam transmitir os ensinamentos que receberam. “Vai muito além de uma aula de surf ou skate, significa um amparo que muitas vezes eles nunca tiveram. Quando a gente ajuda uma pessoa, essa pessoa muda as pessoas ao redor dela e esse é o objetivo, formar cidadãos de bem”, conclui. 

VOCÊ VAI GOSTAR DE VER TAMBÉM…